1981

A convite da Universidade Católica de Pernambuco, ministrei Cursos Básicos de Parapsicologia no 4º Festival de Inverno, de 12 a 31 de julho e de 12 de setembro a 10 de outubro de 1981.

 

Para dar maior divulgação as atividades do IPPP, passei a realizar, no meu programa O Grande Júri, debates sobre temas ligados à Parapsicologia.

 

Palestra sobre Parapsicologia, em 3 de dezembro, no Rotary Club dos Guararapes.

 

Relator da Mesa Redonda “O Paciente Terminal em Geriatria” – Aspectos Jurídicos, no II Curso de Geriatria e Gerontologia, promovido pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Seção de Pernambuco e Centro de Estudos Geriátricos e Gerontológicos de Pernambuco, realizado no Recife, de 16 a 21 de novembro.

 

Concebi os seguintes experimentos de pesquisa psi para o Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas: a) prospecção psi; b) reforço do sinal telepático; c) psi-gestalt; d) psi-gestalt em carta preferida; e) teste de seleção de padrões psíquicos semelhantes; f) telepatia cruzada; g) telessomatização experimental; h) teste de transmissão telérgica; i) teste da cadeira vazia.

Todos esses experimentos estão descritos no meu livro A Parapsicologia em Pernambuco, publicado em 2000.

 

Sob o título O PODER DA MENTE É PESQUISADO EM LABORATÓRIO NO RECIFE, o Diário de Pernambuco, de 6 de maio de 1981 entrevistou-me sobre as atividades do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas.

Parapsicólogo e promotor público, Valter da Rosa Borges vem realizando, atualmente, uma pesquisa, a longo prazo, visando o conheci­mento mais profundo da mente humana em nível inconsciente, junto à equipe do Instituto Per­nambucano de Pesquisa Psicobiofísicas, do qual é diretor científico e fundador. Membro da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro e membro efetivo da Associação Brasileira de Parapsicologia, Valter publicou, em 1976, um livro intitulado “Introdução ao Paranormal”, onde apresentou um estudo sistemático e objetivo da fenomenologia parapsicológica.

Ministrou vários cursos de Parapsicologia e participou, em outubro de 1979, como conferen­cista oficial, do II Congresso de Parapsicologia e Psicotrônica, realizado no Sheraton Hotel, Rio de Janeiro, onde a sua tese “Telepatia, Sugestões para a Pesquisa” foi considerada, pela revista “Planeta”, uma das me­lhores do encontro. Há mais de 25 anos Rosa Borges se dedica ao estudo e à pesquisa dos fenômenos paranormais, tendo o seu livro sido destacado na Argen­tina e em Portugal. Fundou, em 1º de janeiro de 1973, o Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas, única sociedade científica, em nosso Estado, que realiza experiências e estudos sistematizados no campo da Parapsicologia. Semanalmente, são realizadas reuniões de estu­dos e pesquisas no I.P.P.P. e todos os sábados, no horário das 9 às 12, a sociedade é aberta ao público, em sua sede à Rua da Con­córdia, 372, salas 46-47, para o atendimento às pessoas interes­sadas.

 

Liberar o poder criativo

 

“Esta pesquisa para o co­nhecimento mais profundo da mente humana em nível incons­ciente, ainda está no iní­cio — diz Valter da Rosa Borges — mas pretendemos, mediante uma metodologia adequada, li­berar o poder criativo que existe, latente, em todo o indiví­duo, mas que, no estado de vi­gília, não se manifesta livremente, por força do mecanismo da censura. A esta estratégia de sondagem do inconsciente de­mos o nome de prospecção psi.”

O processo que ele vem adotando, aliado à equipe do Instituto Per­nambucano de Pesquisas Psicobiofísicas, não é inédito. Apenas foi reformulado o modelo opera­cional com a inclusão de algu­mas variáveis de controle, tendo em vista o propósito específico do projeto. “Queremos, nesta experiência, observar, especifi­camente, como funciona o psi­quismo humano, em processo criativo, liberado o mais possí­vel dos seus condicionamentos e rotinas”.

Por enquanto, a equipe ainda está na fase exploratória da pesquisa, testando as estraté­gias iniciais e observando, cui­dadosamente, o comportamento de cada pessoa, submetida ao experimento, nas diversas situa­ções preestabelecidas de controle metodológico. Segundo informa Rosa Borges, o prazo mínimo previsto para a conclusão da pri­meira fase da pesquisa é de três anos. Esta fase inicial, por sua vez, subdivide-se em estágios bem definidos, desde a fixação da amostragem, através da seleção dos candidatos à pesquisa, até os experimentos finais, quando, então, serão elaborados os mapas estatísticos dos resul­tados obtidos.

 

Regressão ou progressão no tempo

 

“Nas nossas experiências de sondagem do inconsciente — explica Valter da Rosa Borges — frequentemente nos deparamos com manifestações bem ela­boradas de personalidades se­cundárias, as quais, em certos ambientes religiosos e desavisados, seriam catalogadas como “espíritos”. A mente humana é tão fértil que, em circunstâncias especiais, é capaz de criar répli­cas psíquicas de si mesma e ela­borar “romances subliminares”, principalmente quando a perso­nalidade vigílica é inidônea para utilizar, adequadamente, o ma­terial disponível de suas forças criadoras”.

Utilizando, como instru­mento preferencial, a sugestão, este parapsicólogo movimenta o psiquismo da pessoa pesquisada em situa­ções tempo espaciais preestabele­cidas, estimulando-a a improvisar soluções, à guisa de exercício de sua capacidade criativa. A sua memória é, as­sim, excitada, de maneira progressiva, segregando fatos re­ais, aparentemente esquecidos, ou, mediante engenhosas asso­ciações, num procedimento heurístico, compondo “aconte­cimentos”, muitos dos quais, como diz o próprio Valter, “de inegável riqueza artesanal”.

Em outro tipo de experi­mento, o pesquisado é induzido a se deslocar, psiquicamente, para dimensões imaginárias, re­alizando “viagens” de inspeção em outros mundos, físicos ou extrafísicos, ou, ainda, a regredir ou progredir no tempo em busca de civilizações passadas ou futuras. “Nesta atividade exploratória de alta complexidade de desem­penho psíquico — completa Rosa Borges — manipulamos com fenômenos de telepatia, clarividência, precognição e me­mória extracerebral. Em tais ocasiões, procuramos avaliar, através de instrumentação ade­quada, a presença e a importân­cia dos ritmos Alfa nas manifes­tações daqueles fenômenos”.

Em sua conclusão, Rosa Borges diz que “a nossa pes­quisa não se propõe, portanto, a conceder prioridade experimen­tal aos já famosos fenômenos de memória extracerebral. Eles fa­zem parte, naturalmente, deste tipo de investigação, pois, em muitos casos, sugerem um acervo mnemônico não redutível ao contexto existencial da pes­soa pesquisada, o que leva o ob­servador bem-intencionado a considerar, mais seriamente, a hipótese da reencarnação”.

 

O Diário de Pernambuco, 21 de junho de 1981, em matéria intitulada LENNON E A PARAPSICOLOGIA, entrevistou sobre a morte de John Lennon,

 

— Qual a sua opinião a respeito de uma reporta­gem publicada no DP, de responsabilidade de Victor Vincent, na qual se infor­mava que os pesquisadores do laboratório de parapsi­cologia da Universidade de Miami declaravam que John Lennon morrera as­sassinado em lugar de Paul McCartney?

 

—  É sempre temerário emitir-se qualquer juízo definitivo, baseado tão so­mente em informe jornalís­tico, principalmente em se tratando de matéria de na­tureza científica. Portanto, preliminarmente, quero dei­xar patente que a minha opinião, em tal circunstância, não é um posiciona­mento rigidamente científico, mas simples reflexo de uma leitura sem compromisso. Pelo que diz a reportagem, a conclusão a que chegaram os parapsi­cólogos da Universidade de Miami resulta de ilações baseadas na posição ocu­pada por Paul McCartney, em centenas de fotogra­fias, ao lado dos outros Bea­tles. Nestas fotos, obtidas pelo laboratório daquela Universidade. “Paul se mantinha atrás ou estava de costas, sem deixar dúvi­das em advertir seus com­panheiros da iminência de sua partida”. Para esses parapsicólogos, a situação espacial de Cartney nas fo­tografias se constituía um aviso premonitório de sua morte. Acontece, porém, que o destino, contrapondo-se àquelas in­dicações, escolheu John Lennon ao invés de Paul Mc Cartney, contrariando, assim, o que fora progra­mado.

 

— Acha que essas pre­visões, baseadas em fo­tografias, têm algum fun­damento científico?

—  Claro que não. A ciência não possui qualquer controle sobre o fu­turo, pois o fenômeno precognitivo, além de esporá­dico, é imprevisível e, por­tanto, incontrolável. É ób­vio, assim, que só podere­mos saber se uma precognição foi verdadeira, quando o fato anunciado acontece. Por outro lado, a conclusão dos parapsicólo­gos de Miami, com arrimo na posição de Paul Mc Cartney nas “centenas de fotos” que tirou com os outros Beatles, é, na ver­dade, gratuita e não passa, por conseguinte, de mera conjectura.

 

—  Um psicólogo poderia interpretar a posi­ção de Mc Cartney como a expressão simbólica de uma atitude de hostilidade em relação aos compa­nheiros, revelando o desejo de desligar-se do grupo. Ou ainda: uma maneira narcisista de destacar a personalidade, numa disfarçada pretensão de liderança. Como se vê, interpretações é que não faltam. Qual delas, porém, a verda­deira? Paul Mc Cartney tomou conhecimento des­sas pesquisas. Visitou a Universidade de Miami, obteve fotografias de tais estudos e pagou generosa­mente para que os pesqui­sadores prosseguissem o trabalho. Que acha de tudo isso?

 

— Acho tudo isso muito estranho e lamentá­vel. A parapsicologia é uma ciência em formação. Os fenômenos paranormais, cuja existência ela já comprovou – telepatia, clarividência, precognição e psicocinesia —, estão mais em regime de obser­vação do que de controle. Por isto, pesquisas deste tipo não se revestem, em ní­vel metodológico, de qual­quer confiabilidade. Infor­mar a alguém que a sua morte está próxima, com base em mera especulação e sem qualquer constata­ção científica, além de eti­camente censurável, im­porta em perigosa sugestão que pode culminar em re­sultado funesto. Uma pes­soa altamente impressionável pode, inconsciente­mente, criar as condições favoráveis para que o evento preconizado se realize.

 

— Para se obter essa previsão foi utilizado um pêndulo que oscilava sobre os retratos dos Beatles, e nestas experiências Paul Mc Cartney aparecia como mais vulnerável. Não seria isto uma prova de que Cartney era a pessoa esco­lhida?

 

— O pêndulo, em si, não revela nada. Ele é uma extensão da mente da pes­soa que o segura, oscilando os impulsos do seu incons­ciente. O pêndulo é um dos chamados “indutores psicométricos”, ou seja, de­terminados objetos que au­xiliam os clarividentes  a utilizar as suas faculdades paranormais. Assim, o pêndulo revela a mensa­gem do inconsciente de quem o manipula. Não há dúvida, porém, de que um clarividente, não raras ve­zes, acerte seus diagnósti­cos e até prognósticos. Não foi, portanto, o pêndulo que acertou. A “revelação” é que ocorreu por seu inter­médio.

 

— No laboratório de parapsicologia da Univer­sidade de Miami, organi­zado pelo professor Truby, se medem as ondas vitais, dinâmicas, que são emitidas pelos seres huma­nos, diferindo segundo a idade, a saúde e o tempo que resta de vida às pes­soas. Tal equipamento não poderia ajudar essas previ­sões?

 

— Inicialmente, é pre­ciso saber o que são essas “ondas vitais, dinâmicas, emitidas pelos seres huma­nos”. Há pessoas que têm o hábito de jogar com palavras, alterando, com isto, conceitos já consagra­dos, em busca de inovações simplesmente semânticas. Na terminologia parapsicológica, a energia emitida pelos seres humanos tem o nome de telergia. Esta força, porém, ainda não é passível de qualquer controle ou mediação. As­sim, se as “ondas vitais” são manifestações telérgicas, os parapsicólogos de Miami conseguiram um feito realmente notável: medir o que, até agora, ninguém medira. Se isto é verdade — embora eu duvide —, então o professor Truby está de parabéns: poderá, a seu talante, medir a capacidade telérgica de cada médium, determi­nando o seu potencial per si. Porém, enquanto tal evento não for confirmado por parapsicólogos de renome e proclamado pelos mais categorizados institu­tos de parapsicologia, não se pode dar crédito a esse tipo de informação.

 

— E, se, no entanto. Paul Mc Cartney viesse mesmo a morrer? Tal fato não confirmaria a previ­são?

— A previsão, sim, mas na condição de um singelo dado empírico. Porém, esta feliz adivinhação não validaria, por si só e isoladamente, o procedi­mento experimental dos parapsicólogos de Miami. A sua metodologia teria de ser testada em vários experimentos rigidamente controlados a fim de se comprovar, definitivamente, a sua validade. Tudo o mais que se disser, sem o crivo da experimentação, não passará de palpite. E, talvez, palpite infeliz.

 

Lançamento do livro “Os Cinco Dedos”, em coautoria, no dia 25 de junho 1981, no Salão Nobre do Clube Internacional do Recife.

 

O Acadêmico José Lourenço de Lima publicou no Diário de Pernambuco, 1º de julho de 1981, um artigo intitulado “Os Cinco Dedos”.

 

O Salão Nobre do Clube Inter­nacional do Recife foi pe­queno para acolher as cente­nas de pessoas que ali acorreram para uma festa diferente: o lançamento de uma obra literária; festa diferente, muito diferente das reuniões famosas que se têm realizado no suntuoso salão. Aos nomes dos autores lançados, naquela noite de 25 de junho último, por si sós valiosos, acrescentou-se o do nosso sempre presente e sempre lou­vado Waldemar de Oliveira, patrono do Teatro que ele fundou, o Teatro de Amadores de Pernambuco, que lhe perpetua a memória adotando-lhe o nome, que o Brasil inteiro conhece e respeita, e Pernambuco conhece, res­peita, venera e ama. A renda dos livros adquiridos “será revertida para a re­construção do Teatro Waldemar de Oliveira,” dizia o convite.

Este Diário na manhã daquele dia, no seu caderno Viver, trouxe infor­mações sobre “Os Cinco Dedos”, isto é seus cinco autores: Everaldo Moreira Veras, Reinaldo de Oliveira, Waldênio Porto, Valter da Rosa Borges e Nicolino Limongi, com destaque para seus títulos profissionais; três médicos, um engenheiro e um jurista e psi­cólogo, que fazem literatura como suave lazer para seus espíritos a outros misteres oficialmente consagrados.

Coube-me por excessiva gentileza dos “Cinco Dedos”, presidir a soleni­dade daquele lançamento e fazer a apresentação oficial da obra e de seus atores, do que pretendo, resumida­mente, falar nestas colunas, embora não haja sido tão breve, como prometi, nas considerações orais.

O lançamento de obras literárias, nesses tempos de quase exclusiva preocu­pação com a tecnologia e as ciências exatas, suscita admiração e aplausos a seus autores, sejam eles consagrados ao ofício das letras, sejam eles seus de­votos cultores nas horas de lazer.

Aludi ao pronunciamento de Cí­cero sobre a perenidade e a excelência das letras, na defesa que fez do poeta, seu antigo mestre, Arquitas, a quem se pretendia negar o título de cidadão ro­mano. Bastava-lhe ser mestre de Re­tórica e Poética, em Roma, para lhe ser, com justiça, outorgado o título co­biçado e contestado, assegurou o prín­cipe dos oradores romanos.

Acrescentei que as obras literárias são de todos os tempos e de todos os lu­gares, e que seus autores, do passado mais longínquo ao presente mais atual, são cidadãos do mundo, para o que ci­tei Lamartine a propósito da univer­salidade do escritor: “Je suis concitoyen de tout homme qui pense” — eu sou concidadão de todo homem que pensa.

E Horácio não poderia faltar com o seu “exegi monumentum aere perennius” — ergui um monumento mais duradouro do que o bronze — frontispício de tudo o que escreveu. Mais ainda: os escritores, prosadores ou poe­tas, de todos os tempos, afiguram-se nossos contemporâneos; temos a impressão de que vamos encontrá-los em um ponto qualquer da cidade, tão presentes se fixam em nossos espíritos.

Evidentemente, nem eu que falava, nem os meus amigos — “Os Cinco Dedos” — ali presentes, a pa­ciente e corajosamente me escutarem, pensávamos no mesmo pedestal de consagração dos autores mencionados, modelos eternos, que o mundo con­sagrou como clássicos. Seria precipita­ção; mas o amanhã é rico de surpresas e de imprevistos. “Domani sara altro giorno …” E quem sabe se um da­queles “Cinco Dedos”, ou todos eles, não repetirá, ou repetirão, o verso fa­moso de Horácio, atrás mencionado? Benza-os Deus!

Lembrei Albert Camus, quando afirmou, ao receber o Prêmio Nobel, que a “Literatura é a mais nobre ocu­pação do espírito do homem”. A esta destinação não escapou Everaldo Veras, engenheiro civil que, insatis­feito com as fórmulas e os cálculos matemáticos, deriva brilhantemente para as formas de expressão, equacionando-as em contos nacionalmente conhecidos, e muitos deles premiados; nem escaparam Rei­naldo de Oliveira e Waldênio Porto, cirurgiões ambos, contistas ambos; aquele, rico da versatilidade e leveza que o palco (é ator de méritos excep­cionais) lhe deu; este, a manejar um vocabulário rico, denunciador de suas profícuas leituras na tessitura de seus contos. Um e outro, hábeis para mim no manuseio do bisturi, nos centros cirúrgicos, e da pena, no recesso de seus gabinetes de estudos científicos, dulcificados com a boa literatura; nem escapou Valter Rosa Borges, jurista e parapsicólogo, com um ensaio filosó­fico, em bom estilo, que exige leitura meditada, pela sua densidade, e não uma simples leitura em “dolce far niente”; nem escapou o médico pe­diatra e poeta Nicolino Limongi, fiel cultor e mestre do soneto à Petrarca — forma poética que, por mais que agourem, não conhecerá ocaso. Tenho para mim (atrevido?) que a história da repulsa ao soneto lembra a “Raposa e a Uva” do fabulário do fabuloso Fedro… Tenho razão? Nicolino compareceu também com dois excelentes poemas modernos, notadamente o inspirado no “Menor abandonado”.

Um destaque: “João Só”, conto de Reinaldo de Oliveira, constante de “Os Cinco Dedos”, foi teatralizado “sur place” pelo autor-ator. O Salão Nobre quase desabou com os aplausos da as­sistência, de pé.

Waldemar de Oliveira ficaria feli­císsimo com aquela festa consagrada à sua memória se ali estivesse. Esti­vesse? Estava, naquela que foi o complemento essencial de sua vida, a verdadeira metade de sua alma, para citar, ainda, Horácio: Dona Diná, ou simplesmente, Diná. Ocupou, à mesa, uma cadeira que não poderia haver fi­cado vazia, sob calorosos aplausos da assistência. Saudando-a, disse-lhe, entre outras coisas, que aquela festa tão bela “era uma alegria eterna”, lembrando Keats. “Os Cinco Dedos” tiveram uma noite triunfal; não res­tam dúvidas.

 

Mas, as “forças ocultas” continuavam sutilmente criando dificuldades e obstáculos para o programa O Grande Júri, obrigando-me a fazer improvisações em virtudes de inesperadas mudanças de horário com o visível intuito de prejudicar a sua audiência.

No dia 3 de janeiro, o programa “Fronteiras do Conhecimento Humano”, dirigido e apresentado pelo sociólogo Pessoa de Morais, assumiu o horário de O Grande Júri, que ficou fora do ar até o dia 4 de julho deste ano, retornando, porém, com apenas uma hora de duração, de 22 às 23 horas.

 

Homenagem dos meus alunos da Universidade Católica de Pernambuco.

Nós que fazemos a Turma MP2 da UNICAP, queremos agradecer ao nosso mestre a sua dedicação e carinho, que dedicou a cada um de nós, pois por onde passas sempre semeias gestos de encanto.
Ofertamos assim a nossa simples e humilde amizade deste 1 ano que passamos sempre unidos.
Obrigado
Walter Rosa Borges
Recife, 07 de julho de 1981.

O auditório da TV Universitária Canal 11 continuava sendo o local para as solenidades da Academia. No dia 2 de abril de 1981, dei posse aos acadêmicos Célio França Spinelli, Clóvis de Vasconcelos Cavalcanti, Fernando Menezes Campello de Souza, Reginaldo Muniz Barreto e Sylvio José Barreto da Rocha Ferreira.

E, no dia 14 de novembro de 1981, empossei os acadêmicos Carlos Roberto Ribeiro de Moraes, Paulo Fernando de Vasconcelos Limongi, Luiz Gonzaga Gomes Lira e Ruy dos Santos Pereira.

 

Formatura de Selma em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda – FACHO

Casamento de Márcia

Viagem frustrada a cidade de Uberaba para conhecer, juntamente com outros visitantes, o médium Francisco Cândido Xavier. Segundo seu filho adotivo, ela não poderia receber visitas porque se encontrava doente.

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