2007

Participei do XXV Simpósio Pernambucano de Parapsicologia, realizado na sede do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas – IPPP – à Rua Sérgio Guimarães, 54 – Espinheiro – Recife, no dia 17 de novembro 2007, em duas Mesas Redondas: a) Os Simpósios Pernambucanos de Parapsicologia, com Terezinha Acioli Lins; b) A Materialização, com Ronaldo Dantas Lins.

 

Encontro com Amit Goswami em evento realizado em hotel no bairro de Boa Viagem, antes de sua palestra.

 

Lançamento do livro A Medida do que somos na sede do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas.

Diário de Pernambuco

3 de novembro de 2007.

UMA REFLEXÃO SOBRE O ÓBVIO

 

Vivemos tempos difíceis. É o óbvio, que parece não ser visto. E, quando visto, minimizado. Principalmente quando se trata de segurança pública, que deveria garantir a ordem social.

E grande parte desta culpa é debitada aos órgãos da polícia e às ações dos policiais. São eles realmente os principais culpados pelo aumento da violência e da criminalidade no país? Ou também são vítimas do despreparo dos governos no trato dos problemas sociais?

Os policiais ganham mal. Não tem casa própria ou, ao menos digna, para morar. Geralmente residem no meio da bandidagem, que deveria combater. Suas famílias não têm qualquer tipo de proteção e se atolam ainda mais na miséria, quando eles morrem. O que se pode, então, esperar desses homens expostos diariamente a perigos e tentações?  E ainda execrados pela população?

Os bandidos se tornam heróis. São mitificados pela imprensa. Entrevistados. Biografados. Seus nomes aparecem em letras garrafais nos jornais e nas capas de revistas. São os heróis do mal, porque vítimas da sociedade. Influenciam a juventude e os espíritos malformados, porque ganham fama local ou nacional. No mínimo, narcisisticamente, o crime compensa.
Os policiais, ao contrário, são os vilões. Não há policiais-heróis. Raramente são prestigiados pela imprensa. Ao contrário, muitas vezes acidamente criticados. Despreparados, mal remunerados, desestimulados são vítimas de governos irresponsáveis no trato da segurança pública.

Os policiais estão submetidos às leis do país. Os bandidos têm as suas próprias leis, entre elas um código penal que aplica a pena de morte em caráter sumário, sem defesa do acusado, tido como traidor.

Toda e qualquer profissão tem sua parte podre, constituída de indivíduos que a denigrem perante a opinião pública. Em maior ou em menor proporção, esses maus cidadãos prosperam em suas respectivas profissões. E a polícia não poderia ser a única exceção a essa regra. Afinal, os policiais não são seres angelicais, mas seres humanos, sujeitos, portanto, a virtudes e defeitos.

Quando a sociedade passa a hostilizar uma determinada profissão, esta perde credibilidade, respeitabilidade e desmotiva as pessoas que nela trabalham e também as que se sentem vocacionadas para ela. O desprestígio de uma profissão afeta negativamente os seus integrantes e também o seu status social.

Há policiais que subornam pessoas, valendo-se de sua autoridade. Um tipo de violência que não resulta em morte da vítima. Mas, por outro lado, há pessoas que tentam subornar policiais para se livrarem de infrações cometidas. Todos eles são igualmente criminosos. Ressalte-se, porém, que a violência praticada por assaltantes termina, não raro, na morte de suas vítimas.

Os altos salários dignificam as profissões. Os baixos salários as aviltam. Desmotivam vocações.

É claro que os altos salários não garantem a honestidade das pessoas. E um dos maiores exemplos, no momento atual do Brasil, está na classe política, cada vez mais envolvida em escândalos de corrupção, manipulação do poder, desvio de recursos públicos, sonegação de impostos, tráfico de influência, entre outros delitos. São todos os políticos autores e coniventes com essas falcatruas? É claro que não. Deveremos, por causa dos maus políticos, enlamear também a política? Também não. O mesmo critério devemos adotar em relação a todas as profissões e instituições, entre elas a polícia.

Dar dignidade e prestígio a criminosos de qualquer natureza é cometer o maior crime contra a sociedade e um péssimo exemplo para as gerações futuras. Desprestigiar as instituições do país, apesar de seus titulares corruptos, é pôr em estado de permanente perigo a sociedade.

Reflitamos, um pouco, sobre isso. Poucos são aqueles que arriscariam diariamente suas vidas por um salário aviltante para proteger vidas e ainda serem achincalhados por aqueles que eles tentam proteger, apesar das precárias condições do sistema policial.

Publicado no meu livro CAMINHOS DO TEMPO – 2017

 

Bodas de Ouro celebrada no salão de festas do Edifício Villa Tramandaí, com a benção do Pe. José Augusto da Matriz de São José.

Pesquiso um “poltergeist” na rua do Futuro, próximo ao Parque da Jaqueira, bairro de Aflitos.

Artigo  publicado no Diário de Pernambuco, de 3 de novembro de 2007

UMA REFLEXÃO SOBRE O ÓBVIO

 

Vivemos tempos difíceis. É o óbvio, que parece não ser visto. E, quando visto, minimizado. Principalmente quando se trata de segurança pública, que deveria garantir a ordem social. E grande parte desta culpa é debitada aos órgãos da polícia e às ações dos policiais. São eles realmente os principais culpados pelo aumento da violência e da criminalidade no país? Ou também são vítimas do despreparo dos governos no trato dos problemas sociais?

Os policiais ganham mal. Não tem casa própria ou, ao menos digna, para morar. Geralmente residem no meio da bandidagem, que deveria combater. Suas famílias não têm qualquer tipo de proteção e se atolam ainda mais na miséria, quando eles morrem. O que se pode, então, esperar desses homens expostos diariamente a perigos e tentações?  E ainda execrados pela população?

Os bandidos se tornam heróis. São mitificados pela imprensa. Entrevistados. Biografados. Seus nomes aparecem em letras garrafais nos jornais e nas capas de revistas. São os heróis do mal, porque vítimas da sociedade. Influenciam a juventude e os espíritos malformados, porque ganham fama local ou nacional.

No mínimo, narcisisticamente, o crime compensa. Os policiais, ao contrário, são os vilões. Não há policiais-heróis. Raramente são prestigiados pela imprensa. Ao contrário, muitas vezes acidamente criticados. Despreparados, mal remunerados, desestimulados são vítimas de governos irresponsáveis no trato da segurança pública.

Os policiais estão submetidos às leis do país. Os bandidos têm as suas próprias leis, entre elas um código penal que aplica a pena de morte em caráter sumário, sem defesa do acusado, tido como traidor.

Toda e qualquer profissão tem sua parte podre, constituída de indivíduos que a denigrem perante a opinião pública. Em maior ou em menor proporção, esses maus cidadãos prosperam em suas respectivas profissões. E a polícia não poderia ser a única exceção a essa regra. Afinal, os policiais não são seres angelicais, mas seres humanos, sujeitos, portanto, a virtudes e defeitos.

Quando a sociedade passa a hostilizar uma determinada profissão, esta perde credibilidade, respeitabilidade e desmotiva as pessoas que nela trabalham e também as que se sentem vocacionadas para ela. O desprestígio de uma profissão afeta negativamente os seus integrantes e também o seu status social.

Há policiais que subornam pessoas, valendo-se de sua autoridade. Um tipo de violência que não resulta em morte da vítima. Mas, por outro lado, há pessoas que tentam subornar policiais para se livrarem de infrações cometidas. Todos eles são igualmente criminosos. Ressalte-se, porém, que a violência praticada por assaltantes termina, não raro, na morte de suas vítimas.

Os altos salários dignificam as profissões. Os baixos salários as aviltam. Desmotivam vocações. É claro que os altos salários não garantem a honestidade das pessoas. E um dos maiores exemplos, no momento atual do Brasil, está na classe política, cada vez mais envolvida em escândalos de corrupção, manipulação do poder, desvio de recursos públicos, sonegação de impostos, tráfico de influência, entre outros delitos. São todos os políticos autores e coniventes com essas falcatruas? É claro que não. Deveremos, por causa dos maus políticos, enlamear também a política? Também não. O mesmo critério devemos adotar em relação a todas as profissões e instituições, entre elas a polícia.

Dar dignidade e prestígio a criminosos de qualquer natureza é cometer o maior crime contra a sociedade e um péssimo exemplo para as gerações futuras. Desprestigiar as instituições do país, apesar de seus titulares corruptos, é pôr em estado de permanente perigo a sociedade.

Reflitamos, um pouco, sobre isso. Poucos são aqueles que arriscariam diariamente suas vidas por um salário aviltante para proteger vidas e ainda serem achincalhados por aqueles que eles tentam proteger, apesar das precárias condições do sistema policial.

 

Viagem, a passeio, para São Paulo.

 

 

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