2015

Palestra “Fantasias Mediúnicas” no XXXIII Simpósio Pernambucano de Parapsicologia, em 28 de novembro de 2015, na sede do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas.

 

Lançamento de livro A Mente Mágica na sede do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas.

Revista DIVULGA ESCRITOR

Julho-2015

Valter da Rosa Borges nasceu no Recife, Brasil, em 15 de março de 1934.

Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco em 1959

Ingressou no Ministério Público de Pernambuco em 1963 e se aposentou como Procurador de Justiça em 1993.

Foi Professor de Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco, e de Direito Civil na Universidade Católica de Pernambuco

É livre pensador, parapsicólogo, poeta, filósofo. Conferencista e autor de artigos e livros que versam sobre os mais diversos assuntos.

Fundador do Grêmio Cultural Joaquim Nabuco (1950), Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas (1973) e Academia Pernambucana de Ciências (1978.)

De 1968 a 1982, dirigiu e apresentou o programa O Grande Júri, por ele criado, na TV Universitária Canal 11, da Universidade Federal de Pernambuco. Em 1977, recebeu o título de melhor produtor de Televisão em Pernambuco.

Em 1972, foi considerado, pelo Jornal de Letras, uma das dez personalidades da cultura de Pernambuco juntamente com Gilberto Freyre, Ariano Suassuna, César Leal, Ladjane Bandeira e José Xavier Pessoa de Moraes, entre outros.

É membro da União Brasileira de Escritores, da Academia de Letras e Artes do Nordeste, da Academia de Artes e Letras de Pernambuco, da Parapsychological Association e da Associación Iberoamericana de Parapsicología.

 

Boa Leitura a todos!

Divulga Escritor – Escritor Valter da Rosa Borges, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a estudar parapsicologia?

Valter Borges – Um livro psicografado por Francisco Cândido Xavier, intitulado “Parnaso do Além Túmulo”. Na década de 1950, eu me dedicava a escrever poesias e publiquei o meu primeiro livro de poemas intitulado “Os Brinquedos”, em 1954, e que recebeu elogios dos críticos literários da época, como, por exemplo, Mário Melo. Eu, então, estava atualizado com a literatura brasileira e portuguesa e a leitura de “Parnaso do Além Túmulo” foi um impacto para mim. Francisco Cândido Xavier escrevia poemas no estilo dos mais expressivos poetas brasileiros, das mais diversas escolas literárias, com uma perfeição que encantou os críticos literários de renome com Humberto de Campos, Monteiro Lobato, entre outros. Tratava-se de um fenômeno literário único  no mundo e isso despertou meu interesse de pesquisar esse novo aspecto do psiquismo humano por intermédio da Parapsicologia.

Divulga Escritor – Você tem vários livros publicados nesta área, entre eles: “Introdução ao Paranormal”,  “Manual de Parapsicologia” … O que é Parapsicologia?

Valter Borges – A Parapsicologia é a ciência que tem por objeto o estudo e a pesquisa dos fenômenos incomuns da mente humana, que consistem na relação psíquica entre as pessoas por meios não sensoriais (telepatia), na visão de fatos à distância (clarividência), na adivinhação de acontecimentos futuros (precognição) e da ação direta da mente sobre a matéria sem intermediários físicos (psicocinesia). Hoje esses fenômenos paranormais têm sido estudos por pesquisadores de outras áreas da ciência.

Divulga Escritor – Que temas você aborda em seus textos poéticos?

Valter Borges – Temas da experiência humana em seus mais diversos aspectos com conteúdo filosófico e científico, quase sempre sintético e sob a forma de aforismo.  Cultivo a metáfora e o paradoxo. Tenho ojeriza à prolixidade e aos textos obscuros com o claro intuito de produzir a impressão de profundidade

Divulga Escritor – Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de seu livro “O Ser, o Agora, o Sempre” que foi destaque em Academia Pernambucana de Letras?

Valter Borges – O livro obteve o primeiro lugar do prêmio de poesia Lyra e César, versão 1995, tendo a Comissão Julgadora, em seu parecer, que “O Ser, o Agora, o Sempre” se caracteriza “por um alto nível de conteúdo e beleza em forma, contenção e síntese admiráveis” e que seu autor revela possuir “espírito culto, profundo e de grande lucidez”. A mensagem nele contida é a mesma de todos os meus livros: o trânsito do ser humano na vida do universo.

Divulga Escritor – Em sua opinião, qual o livro de sua autoria que se tornou um marco em sua carreira literária, por quê?

Valter Borges – É difícil a escolha. Cada livro tem sua personalidade própria. Refletem minha trajetória existencial em momentos diferentes. Assim não tenho um livro preferido, mas todos meus livros me são queridos, pois refletem as minhas mudanças em cada época de minha vida. Os leitores é que devem fazer a sua escolha.

Divulga Escritor – Onde podemos comprar os seus livros?

Valter Borges – Na Amazon.com. São na forma de e-book, pois os livros físicos são em número limitado e destinado aos amigos mais próximos. Não sou um escritor profissional e, por isso, não tenho interesse em lucrar com os meus livros. Tanto assim que as pessoas que visitarem meu site www.valterdarosaborges.pro.br e se interessar por um ou alguns deles, basta-me enviar o pedido para o meu e-mail [email protected] e eu atenderei gratuitamente ao pedido.

Divulga Escritor – Que temas você aborda em suas palestras?

Valter Borges – Temas ligados à parapsicologia, filosofia, mitologia e religião. E também reflexões sobre os poetas de minha preferência, como Fernando Pessoa, Mário Quintana, Millôr Fernandes, Manoel de Barros, entre muitos outros.

Divulga Escritor – Quem desejar como deve fazer para contrata-lo?

Valter Borges – Entrar em contato comigo por intermédio do meu e-mail acima mencionado.

Divulga Escritor – Como você vê o mercado literário pernambucano dentro do mercado literário Nacional?

Valter Borges – Em plena ascensão apesar das dificuldades inerentes ao mercado editorial. Os pernambucanos são especialmente sensíveis à poesia, além de outras manifestações literárias.

Divulga Escritor – Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Valter da Rosa Borges. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Valter Borges – A leitura é o alimento natural da mente. É o exercício psíquico que previne doenças cerebrais como o Alzheimer. É o processo de enriquecimento intelectual e que também desenvolve a capacidade de pensar. Quem não lê é um marginal da realidade, incapaz de compreender o que ocorre no mundo.

Divulgação: Divulga Escritor

E-mail: [email protected]

Site: http://www.divulgaescritor.com/

Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/valter-da-rosa-borges-entrevistado/

 

 

por Nathan Santos

Quinta-feira, 4 de junho de 2015

 

Os caça-fantasmas do Recife e suas histórias sobrenaturais

 

Parapsicólogos mantêm vivo um trabalho que investiga “assombrações”. Entre os casos investigados estão o “Poltergeist de Beberibe” e a suposta imagem de um homem que apareceu num aparelho de televisão desligado, em Igarassu.

 

Valter da Rosa Borges e Jalmir Brelaz são uns dos poucos parapsicólogos em atuação no Brasil

 

Vultos, barulhos, objetos que se movem sozinhos, aparições, fantasmas. São muitas as histórias de eventos paranormais que há séculos amedrontam e despertam a atenção da sociedade. Há quem diga que já viu casos extremamente estranhos ou pessoas que juram ter feito contato com seres do além. E diante dos “fenômenos poltergeist” que acontecem em vários cantos do mundo, alguns homens e mulheres utilizam a parapsicologia para tentar explicar e desvendar ocorrências sobrenaturais. Assim como nos famosos seriados americanos e no tradicional filme “Caça fantasmas”, na vida real existem profissionais que trabalham investigando casos do tipo. No Recife, os poucos remanescentes da parapsicologia brasileira aguardam ansiosos por novos casos e ainda mantêm vivo um trabalho que já acabou com o medo e a aflição de muita gente.

“Os fantasmas têm medo de mim. Toda vez que chego a um local dado como mal assombrado, os fantasmas correm de medo”. O depoimento descontraído é de um dos poucos parapsicólogos que existem no Brasil. Valter da Rosa Borges, pernambucano de 81 anos, é claro em sua resposta quando perguntado pelo LeiaJá se fantasma existe: “É uma experiência subjetiva e alucinatória. Pode acontecer, por exemplo, quando você toma conhecimento de que uma pessoa morreu e essa informação é muito impactante. Essa mensagem pode vir como forma dessa pessoa aparecer depois de morta. Para nós (parapsicólogos), aquilo é uma informação traumática tão grande que, no lugar de ser uma informação intelectual, aquilo vira algo alucinatório”.

Valter ingressou no ramo da parapsicologia aos 30 anos. Em 1º de janeiro de 1973 fundou o Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas (IPPP), instituição que ao longo do tempo foi ganhando adeptos e ajudou a desvendar eventos paranormais no Estado. Pessoas aflitas e o próprio poder público, por diversas vezes, clamaram pela ajuda dos responsáveis pelo IPPP. Munidos de aparelhos como gravadores de áudio e ferramentas eletrônicas de ondas, os parapsicólogos revelaram que muitas histórias, na verdade, não tinham relação com “assombrações”.

Jalmir Brelaz, de 57 anos, fez pós-graduação em parapsicologia no IPPP. Durante mais de 20 anos de atuação, Brelaz, junto com Valter, já vivenciou vários casos no Recife e Região Metropolitana. Diferente do companheiro de investigação, Jalmir afirma que durante a infância chegou a ver aparições, porém, ele não garante que de fato foram fantasmas. “Tinha por volta de dez anos e estava no quarto, olhando em direção à cozinha. Foi quando vi um ente pequeno, negro e bastante vermelho. Identifiquei como a figura de um escravo pelas vestimentas de algodão brancas e compridas. Naquele momento senti medo!”, conta o parapsicólogo.

Atualmente o IPPP oferece cursos na área de parapsicologia e promove reuniões semanais com seus integrantes. Interessados em ingressar nas aulas podem acessar o site do Instituto. Os parapsicólogos pernambucanos também se mostram disponíveis para a sociedade, caso haja alguém que esteja passando por algum evento paranormal.

Se você tem um caso estranho e paranormal entre em contato com o LeiaJá. Nós levaremos os parapsicólogos do IPPP para investigar o caso. Nosso telefone é o (81) 3334-3333. O Instituto fica na Rua Sérgio Magalhães, 54, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife.

 

REVISTA MALU

Julho de 2015

Fenômeno paranormal em um edifício na Avenida Cruz Cabugá

 

É muito comum que prédios antigos tenham sido o cenário de casos assombrosos. Geralmente, são lugares nos quais passam muitas pessoas, sejam moradores ou trabalhadores. Várias delas com histórias, crenças e energias diferentes. Em alguns casos, pessoas foram assassinadas brutalmente no local, incêndios ocorreram, entre outros fatores que acabam desencadeando uma onda de sofrimento na vítima e em seus entes querido. Estudiosos afirmam que essa é a receita principal que leva um lugar a ser assombrado.

No Edifício Paris, edifício relativamente antigo construído na década de 1970, aconteceu algo sinistro que até hoje é motivo de muita discussão entre quem já ouviu falar na história. Muito se especula sobre o caso, mas ninguém garante dados do desfecho. Enfim, nossa matéria só pôde ser originada através de muita pesquisa. Mesmo assim, o mistério paira no ar…

Neste fato que vamos citar, os eventos misteriosos foram presenciados por mais de uma pessoa, inclusive por profissionais da área de parapsicologia e líderes religiosos, conforme o link de uma matéria da revista VEJA e de um site sobre fenômenos paranormais, que vão ser disponibilizados ao final deste artigo.

Segundo consta nos links, em 1985, uma criança moradora do edifício, infelizmente, veio a óbito a partir de um atropelamento. Exatamente no dia 25 de Dezembro, fenômenos intrigantes começaram a acontecer. Isto mesmo: no natal! Vários frascos de remédio começaram a estourar, sem que ninguém os tivesse tocado. Isso aconteceu em todo o condomínio. Porém, em um determinado apartamento, os fatos eram mais intensos. Acreditando-se que talvez se tratasse de algum desordeiro, a polícia foi chamada. Logo, eles constataram que não havia baderneiros pregando peças e foram embora.

Em seguida, o Padre Guedes, da Igreja de Piedade em Santo Amaro, foi chamado para benzer o apartamento. Os moradores já estavam começando a entender que algo muito particular estava ocorrendo lá. Na manhã seguinte, os vidros voltaram a se despedaçarem sem qualquer influência física de ninguém. O radialista que morava no local, Samir Abou Hana, tratou logo de informar no rádio a notícia macabra e vários membros da imprensa foram parar no local. Os jornalistas da Rádio Globo e do Jornal O Globo conseguiram, inclusive, entrar e se instalaram nos corredores. A intenção, claramente, era registrar os fatos ocorrendo.

Só após uma nova visita do Padre, um pastor e uma mãe de santo, o parapsicólogo Walter Rosa Borges acabou chegando ao local, por um convite de uma amiga da família. Foi esse profissional que conseguiu realizar a resolução do caso. Borges é um dos fundadores do IPPP – Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas. Conforme matéria já publicada na VEJA, esse é o MAIOR CASO DE PERNAMBUCO que já foi estudado e registrado pelo Instituto de Pernambuco. Seguindo algumas instruções – que não foram relatadas no site do próprio parapsicólogo -, os fenômenos paranormais finalmente cessaram.

Sobre o que foi feito, o mistério permanece no ar…

Mentes assombradas

 

Fenômenos-Paranormais-Editora-Alto-Astral-10-de-julho-2015

 

A verdade sobre o fenômeno poltergeist que é confundido com a ação de espíritos malignos

 

TEXTO NATÁLIA PINHABEL/COLABORADORA DESIGN MARIA ELLEN MACHADO/COLABORADORA

 

Quem nunca se assustou ao ouvir um barulho estranho durante a noite? A porta que fecha sozinha e os armários que estralam. Ter aquela sensação apavorante de estar sendo observado ou acordar desesperado porque sonhou que estava sendo sufocado por duas mãos. Os céticos encontram explicação para tudo: foi o vento, o gato do vizinho ou tudo imaginação. Mas há quem jure de pés juntos que esses acontecimentos vêm de uma força paranormal.

O poltergeist é frequentemente confundido com fantasmas e espíritos malignos, mas, na verdade, ele é um fenômeno. Para muitos parapsicólogos, a explicação para esses acon­tecimentos que assombram casas e famílias está na capacidade da mente humana de agir a distância sobre coisas materiais, denominada psicocinesia. Isso porque a energia de cada ser humano pode se transformar e se exteriorizar. Essa energia, dirigida pela mente (mesmo que inconscientemente), atua sobre objetos, podendo movimentar, quebrar e até colocar fogo. O poltergeist é a ação que a mente faz durante esses acontecimentos.

A especialista em Parapsicologia Marcia Cobêro afirma que esses fenômenos só acontecem por causa da interferência humana. “Poltergeist é sinônimo de casas assombradas, porém as­sombradas por vivos. Trata-se de fenômenos de efeitos físicos. A exteriorização de energia corporal de vivos que provoca efeitos diversos. É só afastar as pessoas e os fenômenos param. Nunca houve uma casa onde não estivesse um vivo a menos de cinquenta metros de distância provocando os fenômenos, que acabam equivo­cadamente atribuídos aos espíritos dos mortos”, completa Marcia.

Segundo o parapsicólogo Valter da Rosa Borges, os casos de poltergeist costumam ocorrer com crianças ou adolescentes que atravessam uma fase de instabilidade emocio­nal ou alguma crise. “Os casos são geralmente produzidos por pessoas na faixa etária de 10 a 14 anos que estejam passando por forte trauma emocional”, afirma o especialista. O inconsciente da criança libera uma energia que causa influência em objetos. Nos casos mais comuns de poltergeist, os objetos se movem de maneira brusca e violenta, lâmpadas e janelas são quebradas, pequenos incêndios surgem do nada e barulhos estranhos são ouvidos.

A psicocinese é menos estudada que os outros fenômenos paranormais, como a cla­rividência e a telepatia, porque não são todos os parapsicólogos que aceitam sua existência.

Existe uma diferença entre os fenômenos conhecidos como hauntings (assombrações) e o poltergeist (espírito barulhento). No primeiro caso, o lugar é o principal, ele está assombrado, independente de quem esteja nele. Um local pode ficar assombrado por séculos. Por exemplo, seres que habitam uma casa não costumam acompanhar os moradores quando se mudam para outro lugar. Já os poltergeists estão ligados a uma determinada pessoa ou grupo – ou seja, não adianta tentar fugir.

 

Como o poltergeist acontece

 

De origem alemã, polter significa “barulho”,“bagunça” ou “desordem”; e geist quer dizer “espírito” ou “fantasma”. Para parte dos parapsicólogos, o poltergeist ou Psicocinesia Recorrente Espontânea, como também é conhecido, é um fenômeno despertado e motivado por pessoas vivas, dotadas de possíveis poderes psíquicos e que, geralmente, desconhecem a sua condição psicogenética.

Os poltergeists se manifestam por meio de eventos físicos misteriosos que ocorrem repetidamente durante um tempo, envolvendo movimentação e desaparecimento de objetos, combustões espontâneas em lugares ou coisas específicas (a queima de somente uma roupa do armário sem causar nenhum dano às outras, por exemplo), chuva de tijolos e pedras, entre outros acontecimentos estranhos e sem explicação. Esse fenômeno costuma ser fruto de angústias, problemas não resolvidos. As ocorrências de poltergeist funcionam como uma válvula de escape para esses conflitos.

Na maioria dos casos, a criança alivia seus conflitos internos por meio da psicocinese, sem ao menos saber que está fazendo qualquer coisa.

Os problemas podem ser diversos: separação dos pais, bullying sofrido na escola, não saber lidar com obrigações, briga com os irmãos ou amigos, a puberdade, ente outros. Dessa forma os poltergeists são uma espécie de mecanismo de defesa, uma linguagem alternativa que o ser humano usa para comunicar ou expressar sentimentos e desejos reprimidos.

 

“Poltergeist é um fenômeno complexo de ação da mente humana sobre a matéria (psicocinesia) e que se apresenta sob as mais diversas modalidades, como combustão espontânea ou movimento de objetos, independentemente de ação humana”
Valter da Rosa Borges, parapsicólogo

 

DIÁRIO DE PERNAMBUCO

30 DE JULHO DE 2015

Principal estreia da semana, terceiro capítulo da franquia de horror mostra paranormal ajudando adolescente perseguida por espírito maligno

 

“Os fantasmas fogem de nós”

 

Pesquisador e parapsicólogo do Recife fala sobre as assombrações do cinema, tema da estreia Sobrenatural: a origem

LARISSA LINS

[email protected]

 

Se você chama um fantasma, todos os outros podem ouvir”. A frase é da personagem Eli- se Rainier (Lin Shaye), que re­torna hoje aos cinemas brasi­leiros no lon­ga Sobrenatu­ral: a origem, o terceiro da franquia de horror. Ela re­pete o papel dos títulos anteriores: uma “paranormal” capaz de se comunicar com os mortos. No enredo – si­tuado em época anterior ao assombro da família Lambert, núcleo dos dois primeiros fil­mes – Elise “sente” uma pre­sença demoníaca e orienta a adolescente Quinn a não ten­tar contactar a mãe, recém-fa­lecida. O conselho é fruto da experiência com fenômenos sobrenaturais, fundamental nas batalhas travadas ao lon­go da trama, entre vivos e de­sencarnados. Combates que escapam das telas e ocorrem, sim, na vida real. Pano de fun­do da carreira do pesquisa­dor e parapsicólogo Valter da Rosa Borges, “caça-fantasmas” recifense.

 

CASOS NO RECIFE RELATAM ROUPAS QUEIMADAS POR COMBUSTÃO ESPONTÂNEA

 

Casos como o retratado no filme, em que a garota é as­sombrada por uma entidade maligna, fazem soar o telefo­ne do Instituto Pernambuca­no de Pesquisas Psicobiofísicas (IPPP) desde 1973, quando foi fundado. Fenômenos “poltergeist” são, na história da casa, os mais comuns. Ob­jetos que se movem ou roupas em combustão espontânea sinalizam que há algo errado. “A quase totalidade dos casos é provo­cada pela mente humana”, explica Valter. O restante é mistério. Fantasmas, porém, não existem na parapsicolo­gia. São classificados como alucinações.

O tema do clássico Polter­geist – o fenômeno (1982), por exemplo, é explicado pelo pes­quisador como uma série de efeitos da mente perturbada. “Mais comum em meninas entre os 11 e os 14 anos, com algum trauma ou grande afli­ção”, diz. No Recife, recorda- se de dois principais casos. O primeiro, uma adolescente que não aceitava a madrasta e provocava a combustão es­pontânea das roupas do pai. O segundo, outra jovem, que movia garrafas entre os cô­modos da casa, traumatiza­da com a morte de uma crian­ça da qual era babá. “Não há nada sobrenatural nisso. São ações da força da mente”, des­taca o pesquisador.

Valter investiga fenômenos há mais de 50 anos

Valter acredita que o cine­ma reforça o imaginário po­pular, enfraquecendo a cren­ça das pessoas na ciência e re­forçando os medos e supers­tições. Objetos mal assombra­dos, como a boneca Annabelle – do filme homônimo (de 2014) e de Invocação do mal (2013) – não são “aceitos” nas investigações do IPPP. “Os ob­jetos, no máximo, facilitam a conexão mental de uma men­te a outra, geralmente dona daquele item”, elucida Bor­ges, que não se incomoda com o título de “caçador de fan­tasmas”. “Se alguém conhe­cer algum, mande à minha casa, que será bem recebido. Mas acho que os fantasmas fogem de nós.”

 

O IPPP

 

O Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas atende a chamadas pelo site (www.parapslcologia.org.br). Aos sábados, promove debates, a partir das 9h, sobre parapsicologia, filosofia e fenômenos paranormais. Atualmente, a equipe pesquisa sobre gravações espontâneas em aparelhos eletrônicos.

 

O pesquisador

 

Valter da Rosa Borges, 81 anos, fundou o Grêmio Cultural Joaquim Nabuco, o IPPP, a Academia Pernambucana de Ciências e a Sociedade Internacional de Transcendentologia.

Escreveu mais de 20 livros, entre A parapsicologia em Pernambuco, Deus: realidade ou mito? e A mente mágica.

 

Atualização: 30/07/2015 12:12

 

diariode.pe/viver

 

Cinema »Sobrenatural: A Origem estreia no Brasil e “caça-fantasmas” recifense comenta o tema

O pesquisador e parapsicólogo Valter da Rosa Borges fala sobre fenômenos paranormais de clássicos do terror

Larissa Lins – Diário de Pernambuco

Publicação: 30/07/2015 08:10

“Se você chama um fantasma, todos os outros podem ouvir”. A frase é da personagem Elise Rainier (Lin Shaye), que retorna nesta quinta-feira (30) aos cinemas brasileiros no longa Sobrenatural: A Origem, o terceiro da franquia. Ela repete o papel dos títulos anteriores: uma “paranormal” capaz de se comunicar com os mortos.

No enredo – situado em época anterior ao assombro da família Lambert, núcleo dos dois primeiros filmes – Elise “sente” uma presença demoníaca e orienta a adolescente Quinn (Stefanie Scott) a não persistir em tentar contactar a mãe, recém-falecida. O conselho é fruto da experiência com fenômenos sobrenaturais, fundamental nas batalhas travadas ao longo da trama, entre vivos e desencarnados. Combates que escapam das telas e ocorrem, sim, na vida real. Pano de fundo da carreira do pesquisador e parapsicólogo Valter da Rosa Borges, “caça-fantasmas” recifense.

Casos como o retratado no filme, em que a jovem é assombrada por uma entidade malígna, fazem soar o telefone do IPPP (Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofisicas) desde 1973, quando foi fundado. Fenômenos “poltergeist” são, na história da casa, os mais comuns. Objetos que se movem ou roupas em combustão espontânea sinalizam que há algo errado. “A quase totalidade dos casos é provocada pela mente humana”, explica Rosa Borges. Os restantes são mistérios.

Fantasmas, porém, não existem na parapsicologia. São classificados como alucinações. O tema do clássico Poltergeist – o fenômeno (1982), por exemplo, é explicado pelo pesquisador como uma série de efeitos da mente perturbada. “Mais comum em meninas entre os 11 e os 14 anos, com algum trauma ou grande aflição”, diz. No Recife, recorda-se de dois principais casos. O primeiro, uma adolescente que não aceitava a madrasta e provocava a combustão espontânea das roupas do pai. O segundo, outra jovem, que movia garrafas entre os cômodos da casa, traumatizada com a morte de uma criança da qual era babá. “Não há nada sobrenatural nisso. São ações da mente.”

Valter da Rosa Borges pesquisa fenômenos paranormais há mais de 50 anos. Foto: Larissa Lins/DP/DA Press

Valter da Rosa Borges acredita que o cinema reforce o imaginário popular, enfraquecendo a crença das pessoas na ciência – campo de atuação da parapsicologia – e reforçando os medos e superstições. Objetos mal assombrados, como a famosa boneca Annabelle (personagem do filme homônimo de 2014 e de Invocação do mal, lançado em 2013) não são “aceitos” nas investigações do IPPP. “Os objetos, no máximo, facilitam a conexão mental de uma mente a outra, geralmente dona daquele item”, elucida Borges, que não se incomoda com o título de “caçador de fantasmas”. “Se alguém conhecer algum, mande à minha casa, que será bem recebido. Eu adoraria vê-los, mas acho que os fantasmas fogem de nós.”

O INSTITUTO

 

O Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofisicas atende a chamadas enviadas pelo site (www.parapsicologia.org.br). Aos sábados, promove palestras e debates, a partir das 9h, com temas que envolvem parapsicologia, psicologia, filosofia e fenômenos paranormais. A equipe desenvolve estudos variados e, atualmente, pesquisa sobre gravações espontâneas em aparelhos eletrônicos.

 

O FILME

 

Sobrenatural: a origem (Insidious: Chapter 3), que estreia nesta quinta-feira (30), nos cinemas de todo o país, é dirigido por Leigh Whannell e estrelado por Dermot Mulroney e Stefanie Scott. É o terceiro título da franquia e destina-se a “explicar” a gênese dos mistérios que assombram a família Lambert.

 

O PESQUISADOR

 

Valter da Rosa Borges é pesquisador, professor e parapsicólogo. Fundou o Grêmio Cultural Joaquim Nabuco (1950), o Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas  (1973), a Academia Pernambucana de Ciências (1978) e a Sociedade Internacional de Transcendentologia (1999). Escreveu mais de 20 livros, entre A Parapsicologia em Pernambuco, A mente mágica e Deus: realidade ou mito?

A estreia de Sobrenatural: a origem, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (30), reforça o imaginário coletivo em torno dos fenômenos paranormais. O título soma-se a uma extensa lista encabeçada por clássicos como Poltergeist: o fenômeno, O exorcista, Invocação do mal e o recente Annabelle. Para o parapsicólogo recifense Valter da Rosa Borges (81), os enredos não apresentam nada de extraordinário. São casos de rotina na carreira do pesquisador, conhecido como “caça-fantasmas.”

Fundador do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas, Borges se dedica, desde a década de 1970, a investigar fenômenos paranormais no Recife. “Estudamos a telepatia, a premonição, a clarividência e, finalmente, a ação da mente sobre a matéria, que são desdobramentos da psicocinesia”, explica o pesquisador. Tudo isso, segundo ele, existe e já foi comprovado. O desafio é analisar e resolver cada caso, levantando hipóteses com metodologia científica e tratando distúrbios da mente.

Em entrevista exclusiva ao Viver, Borges listou alguns casos memoráveis e explicou alguns dos fenômenos mais abordados na indústria cinematográfica. Confira:

 

CASOS MARCANTES

 

Edifício Paris

 

Na década de 1980, Valter da Rosa Borges foi convidado por uma colega médica a investigar fenômenos paranormais no Edifício Paris, em Santo Amaro, Zona Norte do Recife. Com grande repercussão na imprensa e sociedade em geral, o caso envolvia todo o condomínio: em diferentes apartamentos, sendo um deles o mais afetado, objetos se moviam e quebravam sem explicação. Frascos de remédio, garrafas de bebida, jarros e peças decorativas cruzavam cômodos e eram arremessados contra as paredes. Policiais, um padre, um pastor evangélico, um médium e uma mãe de santo haviam sido convocados ao local, mas o mistério continuava a se repetir, sem solução.

“Era evidente que os fenômenos estavam sendo provocados por um poltergeist. Só precisei identificar quem era”, lembra Rosa Borges. A investigação é conduzida, a princípio, por eliminação de “suspeitos.” Na maioria dos casos, o “autor” é uma menina, entre 11 e 14 anos. No Edifício Paris, a poltergeist era uma adolescente, ex-babá, que havia presenciado a morte da criança de quem cuidava, por atropelamento. “Ela estava traumatizada. E precisei esclarecer, antes de tudo, que aqueles fenômenos não eram uma tentativa de comunicação da criança morta, como alguns acreditavam, mas uma manifestação da mente da própria menina”, explica Rosa Borges. Aquela foi a primeira vez em que ele testemunhou, in loco e em tempo real, o fenômeno poltergeist acontecer. “Enquanto conversava com a tal menina, uma garrafa se deslocou da cozinha até nós dois, em movimentos curvos e não-uniformes, e se estourou contra a parede”, recorda. O tratamento psicológico da jovem encerrou definitivamente o problema.

 

Fogo no armário

 

Também no Recife, um jovem viúvo contactou o IPPP em busca de ajuda depois que as roupas dele começaram a pegar fogo dentro do armário. Elas se queimavam, mas o fogo não chegava a se alastrar para o restante da casa. As investigações de Borges apontaram para mais um fenômeno poltergeist. A filha do viúvo, com saudades da mãe e ciúmes da madrasta, provocava a combustão espontânea das peças de roupa. O problema também foi resolvido com tratamento psicológico da garota.

 

Poltergeist de Beberibe

 

No fim da década de 1990, uma casa do bairro de Beberibe, na Zona Norte do Recife, virou cenário de fenômenos paranormais. Pedras se “materializavam” e caiam sobre o telhado, geralmente à 0h30 e às 6h. Seis adultos (três casais), duas crianças e uma adolescente moravam no local. Uma das mulheres adultas faleceu em acidente misterioso, relacionado ao caso paranormal. Enquanto guardava a louça, pratos começaram a “voar” pela casa. Tomada pelo susto, correu em direção aos fundos da propriedade, onde uma vala estava aberta para a construção de fossa séptica. A queda no buraco provocou sua morte.

A casa em Beberibe foi cenário de um dos casos mais intrigantes investigados pelo IPPP. Fotos: Arquivo/IPPP

Alguns meses mais tarde, as roupas da criança mais nova entraram em combustão espontânea. “Aquele foi um dos casos mais misteriosos, porque não havia na família membros na faixa etária comum aos poltergeists”, conta Borges. O caso foi investigado por pesquisadores do IPPP, mas não diretamente por Borges.  Outras roupas, um armário, um colchão e um sofá (foto) também foram queimados sem aparente explicação. Vidros trincavam e copos eram quebrados.

A família acreditava que o irmão mais velho, assassinado anos antes, fosse o agente causador dos fenômenos. Os pesquisadores do IPPP classificaram as manifestações como psicocinesia espontânea, após fotografar todos os objetos danificados e acompanhar a rotina da família.

O poltergeist, porém, não seria uma única pessoa. Mas, sim, as desavenças entre os moradores da casa, sendo dois deles os principais focos (a mulher que falecera e a adolescente, com 15 anos). “Os desentendimentos, a raiva, as tensões motivaram os fenômenos”, lista Rosa Borges. O caso se resolveu com tratamento psicológico e a separação da família – cada casal se mudou para um endereço diferente.

 

Borges não acredita em fantasmas. Para ele, são alucinações da mente

 

O fantasma da Faculdade de Direito do Recife

 

Na década de 1970, se espalharam boatos em torno de um fantasma que circulava pelos corredores da Faculdade de Direito do Recife. A lenda “rezava” que, todo vestido de preto, ele conversava com alguns alunos e professores e até comparecia a algumas aulas. Investigando, encontraram um rapaz que foi identificado como o tal fantasma. Tratava-se de um jovem com perturbações mentais, que frequentava a faculdade sem estar vinculado a ela. O mistério foi resolvido sem necessidade de tratamento psicológico.

 

Fontes espontâneas de água

 

O IPPP também foi contactado para investigar um fenômeno curioso: no apartamento de uma escritora, vazava água por lugares inusitados. Paredes, móveis, janelas. Mesmo em pontos nos quais não havia encanação embutida. “Ela já havia passado da idade de provocar os fenômenos do tipo poltergeist, mas estava guardando a angústia de um sério problema. Expliquei que não se tratava de algo sobrenatural, mas da ação da mente perturbada sobre a matéria. Algo muito raro”, conta Borges. Após acompanhamento psicológico, as fontes de água misteriosas cessaram.

OS FENÔMENOS

 

POLTERGEIST

 

Fenômeno raro, é provocado pela ação da mente sobre a matéria. O agente é, na maioria dos casos, uma menina entre 11 e 14 anos. Borges aponta as modificações hormonais dessa fase da vida como possível hipótese para a propensão aos fenômenos. Somadas a traumas e aflições intensas, as transformações no corpo da mulher intensificam a perturbação da mente. Objetos se movem, sem ação humana direta, ou entram em combustão espontânea. O tratamento é feito a partir de acompanhamento psicológico da pessoa que está provocando o fenômeno.

 

PREMONIÇÃO

 

Na parapsicologia, o termo correto é “precognição.” Valter da Rosa Borges acredita que algumas pessoas sejam dotadas de um sentido mais aguçado. Elas seriam capazes de prever

pessoas que não são necessariamente dotadas dessa aptidão. É uma sensibilidade rara da mente.

 

OBJETOS ALMADIÇOADOS

 

“Não existem objetos amaldiçoados”, determina Borges. Bonecas como a dos filmes Annabelle e Invocação do mal são fruto do imaginário coletivo, reforçado pelas religiões, pelo cinema e pela mídia em geral, segundo o parapsicólogo. O que pode ocorrer, de acordo com ele, é a psicometria: através do contato direto (através do tato) com o objeto, uma pessoa sentir-se ligada a outra (geralmente a dona do item). “O objeto serve como estímulo, sinal, facilitando a ação telepática”, explica.

 

Comemoração dos meus 81 anos, no Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas, à Rua Sérgio Magalhães, 54, bairro das Graças.

HOMENAGEM DA CULTURA NORDESTINA

MOVIMENTTO

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ANO V Nº 60 RECIFE – PE

AGOSTO/2015

 

A Academia de Letras do Brasil – ALB, fundada em 2001 por Mário Carabajal é a primeira Acade­mia Mundial da Ordem de Platão. Tem sede em Brasília e núcleos espalhados por 80% dos estados brasileiros. Em Pernambuco a im­plementação aconteceu no Centro Cultural dos Correios no dia 11 de outubro de 2012. Sendo uma organização internacional de cultura, se expande pelo mundo. Já foram homenageados com Medalha de Honra ao Mérito personalidades como Olímpio Bonald Neto da Aca­demia Pernambucana de Letras – APL; Nando Cordel, compositor e músico de renome no mundo artís­tico; Melchiades Montenegro Filho, presidente da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro – Alane; Fátima Quintas, presidente da Academia Pernambucana de Letras – APL; a atriz Geninha da Rosa Borges e o escritor Walter da Rosa Borges.

 

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