Em virtude de um rodízio entre promotores do Interior do Estado, eu seria removido da comarca de Bonito para a de Joaquim Nabuco, da qual era o titular. O povo manifestou o seu desagrado pelo ato de minha remoção, mediante o envio de telegramas ao Governador do Estado. O Governador atendeu ao pleito e me manteve na comarca.
Porém, meses depois, em 14 de novembro, o Procurador Geral da Justiça, Evandro Onofre, me designou para ser o seu assessor. Então, tive de convencer o povo de Bonito que, com essa mudança para o Recife, eu ficaria, junto da minha família, dando-lhe maior assistência.
Para minha surpresa, à noite, fui homenageado na Praça São Sebastião.
Nesse ínterim, fiz concurso para Advogado de Ofício, cargo onde pontificam destacados advogados pernambucanos e professores da Faculdade de Direito da Universidade de Pernambuco, como Everaldo da Cunha Luna, Gustavo Pashauss, Rui Antunes e Nilzardo Carneiro Leão. Os três primeiros foram meus professores na então Faculdade de Direito do Recife.
Fui aprovado e, mais ou menos, dois anos depois, quando convocado para assumir o cargo, recusei, porque me sentia mais vocacionado como Promotor de Justiça e porque já me encontrava no Recife, junto de minha família. Nesta época, eu morava num apartamento, na rua Olívia Menelau, no bairro da Imbiribeira.