1958

Nascimento de minha filha Márcia em 6 de outubro.

Terminado o arrolamento do único bem dos meus pais e partilhado o dinheiro do imóvel assim que foi vendido, minha mãe cedeu-me a sua parte e resolveu morar com sua irmã e minha tia e madrinha Maria, casada com meu tio e padrinho, Dr. Teodorico Fragoso Selva.

Comprei uma casa na rua Barão de Vera Cruz, 215, bairro de Campo Grande para onde me mudei.

A partir desse ano, surgiu meu interesse pelos fenômenos paranormais, pois me tornara espírita.

Certo dia, fui com o meu cunhado Edésio Sales Duarte visitar uma vidente que morava na Estância. Entre outras coisas interessantes, ela disse que eu tinha, na minha sala de visita, a fotografia do meu guia espiritual. Perguntei o nome dele e ela disse Joaquim Nabuco. Coincidência ou não, uma das minhas comarcas foi Joaquim Nabuco e a loja maçônica onde fui iniciado era a Joaquim Nabuco nº 18, da Grande Loja.

Um estranho fenômeno começou a acontecer na casa do meu cunhado. Uma vez por semana, quando ele e a esposa acordavam, encontravam, na mesa de cabeceira, tocos de velas sujos de areia. O casal ficou apavorado, principalmente quando o experiente Temístocles Cavalcanti assegurou que se tratava de um “fenômeno de transporte”, e tudo indicava que Maria José era um “médium de efeitos físicos”. Maria José, porém, se obstinava a seguir a orientação de Temístocles de “desenvolver a mediunidade”.   Passamos, então, a frequentas as sessões mediúnicas na casa de Temístocles.

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