1973

Elegemos o dia 1ºde janeiro de 1973 como a data simbólica da fundação do IPPP.

Assinaram a ata de fundação: Valter  da Rosa Borges, Aécio Campello de Souza. Amílcar Dória Matos, Walter Wanderley de Barros, José Nilton dos Santos, João de Vasconcelos Sobrinho, Humberto Costa Vasconcelos, Enoch Burgos, Sebastião Ramalho da Silva e José Macedo de Arruda.

Alguns dos fundadores. Da esquerda para a direita: Sebastião Ramalho da Silva, Humberto Costa Vasconcelos, Aécio Campello de Souza, José Nilton dos Santos, Valter da Rosa Borges, Enoch Burgos e José Macedo de Arruda.

No dia 7 de outubro de 1973, no horário das 18;30 às 19 horas, iniciei a produção e apresentação na TV Universitária Canal 11, da Universidade Federal de Pernambuco, do primeiro programa de Parapsicologia, no Brasil, intitulado “A Ciência do Espírito” com o intuito de atrair a atenção do público para a Parapsicologia, como uma explicação científica dos fenômenos ditos espirituais e mediúnicos.

Nesse mesmo ano, a revista Estudos Psíquicos de Portugal divulgou uma nota elogiosa sobre o referido programa.

Em outubro, fui convidado a ir ao gabinete do Presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Desembargador João Baptista Guerra Barreto, que desejava falar-me a respeito de um estranho fenômeno que ocorrera naquele Tribunal. Contou-me que, em sessão de uma das Câmaras Cíveis, o voto do Desembargador Pedro Malta, depois de gravado e taquigrafado, foi levado para ser conferido e datilografado. Qual não foi a surpresa da datilógrafa, quando ao conferir as notas taquigráficas com a gravação da fita cassete, ouviu, após alguns minutos da fala de Pedro Malta, uma voz estranha dizendo coisas incompreensíveis. Aquele fato causou perplexidade entre funcionários, juízes e desembargadores e, de logo, se pensou tratar-se de um fenômeno sobrenatural.

Guerra Barreto, com a sua costumeira serenidade, mandou investigar a fita por poliglotas que ele conhecia, a fim de descobrir se se tratava realmente de algum idioma. Como não obteve êxito nessa tentativa, resolveu pedir a minha ajuda para investigar o fenômeno, e disse-me que, para isso, providenciaria uma cópia da gravação. Solicitei-lhe que me fornecesse a gravação original, o que ele o fez sem qualquer objeção.

Levei a fita cassete para a minha residência e, de logo, telefonei para João Alves de Andrade, técnico em eletrônica e funcionário da TV Universitária Canal 11. Depois de relatar-lhe o acontecido, Andrade asseverou-me que sabia do que se tratava e, horas depois, chegava ao meu apartamento para examinar a fita. Antes, porém, explicou-me que, seguramente, a fita, por ocasião da gravação, havia dobrado dentro do cassete. Abriu, então, o cassete e, de imediato, encontrou o local onde a fita havia dobrado. Colocamos o cassete no gravador e ouvimos a gravação até o fim. A fala de Pedro Malta reapareceu na sua integridade e a voz misteriosa, falando um idioma desconhecido, não mais se reproduziu. Devolvi o cassete a Guerra Barreto e expliquei-lhe a causa do fenômeno, esclarecendo que, se ele tivesse me fornecido a cópia da gravação e não o original, aquele “mistério” jamais seria resolvido.

Fiz palestra sobre Parapsicologia, no dia 20 de maio, no Rotary Club do Recife – Casa Amarela. E conferência no IV Encontro de Profissionais para Interpretação do Planejamento Familiar, promovido pela BENFAM, no Recife, de 28 a 30 de maio.

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