1984

Quando esteve no Recife, o jornalista espírita Nazareno Tourinho me procurou, na sede do Instituto para colher mais informações sobre a pesquisa com Edson Queiroz. Dessa entrevista também participou Ivo Cyro Caruso, o qual, como era do seu estilo, defendeu, veementemente, a posição do I.P.P.P. Ao que parece, Nazareno Tourinho não ficou satisfeito com o resultado do encontro.

O emocionalismo com que a direção da Federação Espírita Pernambucana tratou a questão da pesquisa com Edson Queiroz impediu o I.P.P.P. de fazer uma avaliação científica de sua alegada paranormalidade. Na verdade, falávamos linguagens diferentes e nossos propósitos eram distintos. A Federação interessada que o Instituto comprovasse que era o “Dr. Fritz” quem realizava cirurgias através do médium Edson Queiroz e o Instituto apenas interessado em constatar se as curas realizadas pelo Dr. Edson Queiroz eram de natureza paranormal.

 

O interesse pela Parapsicologia permanecia em alta na UNICAP. Tanto assim que ministrei um Curso de Extensão em Parapsicologia, com carga horária de 60 (sessenta) horas, promovido pela Pró-Reitoria daquela Universidade, conjuntamente com o IPPP, e que se realizou no período de 19 de março a 18 de junho. E, também, um Curso Básico de Parapsicologia naquela Universidade, de 13 a 17 de agosto.

Comemoração do término do Curso de Extensão em Parapsicologia, na UNICAP, reunindo alunos e membros do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas – I.P.P.P.

Roberto Motta, em artigo intitulado “O Espírito da Academia”, publicado no Diário de Pernambuco, na edição de 24 de março de 1984, assim resumiu o clima das sessões culturais:

“Da academia a que pertenço, a Academia Pernambucana de Ciências, eu faço um elogio que gostaria muito de estender a todas. A alta qualidade do convívio, o aborrecimento de viver, as preocupações do quotidiano, o medo da pressão alta e da inflação, as competições, as frustrações, tudo isso se acaba na porta de nossa sala de reuniões, na rua da Concórdia, onde somos hóspedes do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas.”

 

Algumas sessões culturais da Academia foram realizadas no auditório do Teatro Valdemar de Oliveira, gentilmente cedido pelo acadêmico Reinaldo de Oliveira, o qual iniciou o ciclo de palestras falando sobre o Teatro em Pernambuco.

 

Palestra “Função Psi: Aspectos Éticos e Jurídicos”, no II Simpósio Pernambucano de Parapsicologia, de 5 a 7 de outubro no Auditório da Universidade Católica de Pernambuco. O trabalho foi publicado no meu livro A MENTE MÁGICA, publicado em 2015.

Juntamente com Ivo Cyro Caruso, discuti o tema “O Fenômeno Thomas Green Morton.”

No V Congresso Espírita do Estado da Bahia, promovido pela Federação Espírita do Estado da Bahia, no painel “Morte e Vida”, abordei o tema “Vida após a Morte”.

 

Participante da Mesa Redonda “Paciente Terminal em Geriatria” – Aspectos Transcendentais, no II Simpósio de Geriatria e Gerontologia, promovido pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Seção de Pernambuco, e Sociedade de Medicina de Pernambuco, realizado no Recife, de 8 a 10 de novembro.

 

Conferência na Academia Pernambucana de Medicina sob o título “Fenomenologia da Morte e Aspecto Científico da Sobrevivência”, no dia 27 de junho.

 

Palestra sobre Parapsicologia no III Simpósio Pernambucano de Psicologia e Saúde Mental, realizado no Colégio Salesiano, no Recife, de 19 a 21 de outubro.

Palestras em reuniões públicas do IPPP:

6 de abril, Teoria Científica da Sobrevivência Post Mortem.

1º de junho, Fenomenologia da Morte.

6 de julho, Ideoplastia: Aspectos Psicológicos.

7 de dezembro, Criptomnésia.

 

O Jornal do Commercio

3 de junho de 1984

O TÓXICO VISTO POR DENTRO

 

Com esta reportagem, encerramos mais um capítulo de nossa luta em favor da sociedade. O convívio pelo espaço de quatro semanas com o leitor interessado, que acompanhou todos esses depoimentos, emitidos pelas personalidades mais expressivas do nosso mundo social, deixou-nos no espírito um saldo positivo: a certeza do dever cumprido.  É que não é mais possível silenciar diante do mundo aflito ou desorientado que está diante dos nossos olhos, simplesmente por comodismo ou receio de participa.

Participar por participar também não adianta. Tem que haver a devoção à causa, o amor à verdade, o critério e a honestidade na abordagem do as­sunto, que é, sem dúvida, da maior importância.

Concluída a missão, sentimos como se fosse um grande e gratificante alívio, nascido dos abismos mais profundos da consciência, ali onde radicam nebulosos ainda, os nossos deveres.

 

O REPÓRTER

 

Valter da Rosa Borges

 

PROFESSOR DE DIREITO CIVIL, E ESCRITOR

 

“Preliminarmente, é preciso indagar o significado da droga na sociedade em que vivemos, por que as pessoas ingerem sedativos, tranquilizantes, antidepressivos e alucinógenos. Antes, portanto, de discutir medidas de prevenção e de repressão às dro­gas necessitamos compreender por que tantas pessoas procu­ram, paradoxalmente, a libertação através da dependência.

A alteração química do cé­rebro pela utilização de substâncias tóxicas não é produto exclusivo de nossa civilização. Em culturas primitivas, fazia parte de um elaborado ritual religioso, proporcionando ao indivíduo uma experiência pessoal de autotranscedência e de comunhão com as suas divindades. Constituía, assim, uma morte transitó­ria do “eu”, dissolvido, metafisicamente no Todo Universal.

Para o homem angustiado e confuso da sociedade ocidental, a droga pode representar uma panaceia terapêutica, uma desesperada solução mágica, embora de efeito temporário, para enfatizar os problemas que o afli­gem. A paz, a felicidade e o amor encontraram nas drogas psicodélicas os seus sucedâneos químicos, gerando a perigosa ilusão de que os sentimentos nada mais são do que substâncias suscetíveis de controle farmacológico. Acredita-se, assim, no milagre da droga, como se a atividade psíquica superior nada mais fosse que uma resultante de complexas atividades bioquímicas do cérebro. A droga, portanto, tornou-se um caminho, uma alternativa para o homem ocidental que, na sua confusão e angústia, tenta libertar-se de algo que ele mesmo não sabe o que seja. O problema, assim, não é a droga, mas a fascinante fantasia que se criou a seu respeito.

Ora, se a droga se tornou um mito, é mister, antes de mais nada, conhecer-lhe o con­teúdo, evitando o combate frontal que apenas redundaria no fortalecimento do seu prestígio. A atmosfera natural do mito é o mistério. E o mito, uma vez explicado, perde o seu poder de fascínio e morre por inanição. Quando o homem compreender que procura na droga o que já existe nele mesmo, poderá lucidamente solucionar os problemas mais fundamentais de sua existência.”

 

Participaram desta última entrevista: Ladislau Porto, médico, professor e escritor; Audálio Alves, poeta, jornalista e advogado; Luiz Pinto Ferreira, jurista, professor e escritor; Mauro Fonseca Filho, delegado especial de polícia; Maria Helena Barreto Campelo, advogada e professora universitária; Luiz de Freitas Lima, consultor jurídico, escritor e professor de Direito; Valter da Rosa Borges, professor de Direito Civil e escritor.

 

Converti o teste da cadeira vazia, inventado por Willem Tenhaeff, em um experimento quantitativo.

O procedimento deste método de pesquisa está relatado no meu livro A Parapsicologia em Pernambuco – 2000.

 

Em 1984, a equipe do IPPP examinou as técnicas de terapia de vidas passadas, inventada pelo Dr. Netherton e trazida ao Brasil por Ney Prieto Peres e sua esposa, Maria Júlia Prieto Peres. O nosso interesse era investigar até que ponto esta terapia regressiva facilitaria a criatividade psi, mesmo como procedimento compensatório de problemas existenciais. Os resultados iniciais, porém, não foram suficientes para motivar a continuidade da investigação.

 

Em 1984, Geraldo Fonseca Lima, terminado o seu mandato, convocou uma Assembleia Geral que, realizada no dia 13 de março, no Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas, elegeu a Diretoria para o biênio 1984/1986, e ficou assim constituída: Presidente – Valter Rodrigues da Rosa Borges; 1º Vice-Presidente – Roberto Mota; 2º Vice-Presidente – Reinaldo de Oliveira; Secretário Geral – Ivo Cyro Caruso; 1º Secretário – Geraldo Mariz; 2º Secretário – José Barbosa de Oliveira Filho; Tesoureiro – Geraldo Machado Fonseca Lima. Para o Conselho Fiscal, foram eleitos, como efetivos, Aécio Campello de Souza, Berguedoff Elliot e Geraldo Muniz, e, como suplentes, Waldênio Porto, Nicolino Limongi e João Beltrão Neto.

 

Roberto Motta, em artigo intitulado “O Espírito da Academia”, publicado no Diário de Pernambuco, na edição de 24 de março, assim resumiu o clima das sessões culturais.

“Da academia a que pertenço, a Academia Pernambucana de Ciências, eu faço um elogio que gostaria muito de estender a todas. A alta qualidade do convívio. O aborrecimento de viver, as preocupações do quotidiano, o medo da pressão alta e da inflação, as competições, as frustrações, tudo isso se acaba na porta de nossa sala de reuniões, na Rua da Concórdia, onde somos hóspedes do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas.”

 

Algumas sessões culturais da Academia foram realizadas no auditório do Teatro Valdemar de Oliveira, gentilmente cedido pelo acadêmico Reinaldo de Oliveira.

 

No dia 4 de dezembro deste ano, dei posse, em cerimônia simples, na sede do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas, a acadêmica Maria Ladjane Bandeira Lira.

 

Formatura de minha filha Márcia, em Psicologia, pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda – FACHO.

Viagem, a passeio, ao Rio de Janeiro e a Salvador na Bahia.

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