1961

Vendi a casa de Campo Grande para comprar outra melhor em construção. Mas, o empresário faliu e não devolveu o dinheiro recebido aos compradores. Tive, então de alugar uma casa na Rua Amador Bueno no bairro do Barro. Ali, formei o meu próprio grupo mediúnico, passando a atuar como médium. Em uma dessas sessões, apareceu o “Espírito” Luiz que se tornou meu mentor espiritual e proporcionou um grande significado à minha vida espiritual.

Nas reuniões mediúnicas, em que, algumas vezes, Selma comparecia, Luiz lhe advertia que, quando eu assegurasse a minha estabilidade financeira, ele exigia a reencarnação de um dos membros de sua equipe espiritual.

Na minha casa, se reuniam José Ivan Sobral e outra pessoa de que não me lembro. Badogílio Maciel compareceu a uma dessas reuniões.

 

Um dia, Aníbal Guimarães Ribeiro me contatou para resolver um problema obsessivo de um soldado da Polícia Militar de Pernambuco, chamado Abel, e que se encontrava internado na Tamarineira. Segundo me contaram depois, o futuro presidente da república, General Costa e Silva, em visita ao Recife, passava em revista a tropa da polícia militar na Praça do Derby. Nesta ocasião. Inusitadamente, o soldado Abel saiu da fila onde estava, e dirigindo-se ao general, exclamou: “Desejas ouvir uma bela voz?” E cantou; “acorda, patativa, vem cantar”. De imediato, foi preso e internado no hospital da Tamarineira, então destinado aos insanos.

O médico Jorge Albuquerque acreditou na orientação do “Espírito” Luiz, que se comunicava por meu intermédio, e retirou, sob a sua responsabilidade, o soldado Abel, da referida instituição psiquiátrica. Uma vez fora do manicômio, Abel foi tratado com passes e ficou completamente restabelecido. Entusiasmado, Jorge e sua esposa Dinorah passaram a fazer parte do nosso grupo mediúnico.

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